segunda-feira, 20 de maio de 2019

4 fatos sobre a avaliação física importantes no Treinamento Funcional

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  • A avaliação física tem uma importância muito grande na prescrição do treinamento, pois ela determina o melhor caminho para o seu aluno. Sem uma boa avaliação, você pode não gerar bons resultados e  até colocar o seu cliente em risco. E o que a gente não quer, quando o aluno procura o treinamento funcional, é coloca-lo em risco de lesão.

    Embora haja diversas técnicas para avaliar um aluno, abaixo seguem 4 fatos que você nunca deve esquecer na sua prática profissional. 

    1 – Toda avaliação física de percentual de gordura é uma estimativa

    Não importa o método (dobras cutâneas, bioimpedância, DEXA e etc.), o valor encontrado sempre será uma estimativa. A única maneira de definir com 100% de precisão o percentual de gordura é através da dissecação do corpo, o que não é uma boa ideia para aplicar no seu aluno, certo?

    Todas as maneiras de se avaliar os alunos estimam a gordura corporal através de médias encontradas entre diversas pessoas, então não há um protocolo que possa definir com exatidão o percentual de gordura de qualquer pessoa.

    É muito importante o profissional educar o aluno quanto a isso. Muitos saem da sala de avaliação acreditando que o valor estimado é exato e isso pode gerar muita frustração no futuro. Se o aluno trabalha duro durante 3 meses e em sua reavaliação está com o percentual 0,5% mais alto (um erro padrão de estimativa), pode gerar muita desmotivação. Ele também pode duvidar do seu trabalho caso haja uma diferença inesperada ou se for avaliado por outro protocolo.

    2 – O peso corporal flutua naturalmente durante o dia

    Por isso as pessoas, e até alguns profissionais, se apegam muito aos valores encontrados. O problema é que o nosso peso corporal oscila muito durante o dia. Podemos evidenciar uma variação de 1-2kg ao longo de 24 horas, dependendo das atividades e condições que o corpo apresenta. Por exemplo, perdemos peso quando fazemos exercício, transpiramos e urinamos. E por outro lado, ganhamos peso quando ingerimos líquidos ou alimentos.

    Não se deve focar muito no peso na hora de medir resultados de uma avaliação física (isso vai ser melhor explicado no próximo tópico). Independente disso, é importante educar o aluno quanto às oscilações, para controlar expectativas.

    3 – O peso corporal não está sempre relacionado ao peso de gordura

    Quem nunca usou a balança para saber se estava acima do peso? É um método extremamente comum e de fácil acesso.  Por isso, muitas pessoas ainda consideram que ganhar alguns quilos é sinal de que você está ficando fora de forma. A verdade é que principalmente quem pratica exercício físico pode ter oscilações no peso que não estão associadas ao acúmulo de gordura.

    O ganho de massa muscular contribui para o peso corporal, e muitas vezes o aluno que inicia um programa de exercícios com expectativas de perda de peso pode se frustrar por não ver resultados muito evidentes.

    Outra questão é quando os alunos têm uma pequena diminuição do peso e associam diretamente com o processo de emagrecimento. Porém, como falamos no tópico anterior, isso pode ser apenas uma oscilação hídrica natural do corpo.

    4 – A medição das dobras cutâneas é mais precisa do que a bioimpedância

    Muitos avaliadores ainda acreditam que a impedância bioelétrica é um método altamente validado para estimar o percentual de gordura. A grande verdade é que há estudos comprovando que  é uma ferramenta pouco precisa para esse fim.

    Um estudo clássico de Jackson (1988) evidenciou um erro padrão de 4,6% a 6,4% para análises de percentual de gordura por bioimpedância. Além disso, mostrou que é um método que se compara com resultados obtidos através de IMC, ou seja, altura e peso são os dois fatores que mais influenciam o resultado. Por outro lado, o recurso das dobras cutâneas (soma de 7 dobras) teve uma validade 20% maior em média.

    Mas calma, você não precisa jogar o seu equipamento de bioimpedância fora, pois ele continua sendo um método reprodutível se você controlar bem o protocolo pré-teste. Ou seja, você vai poder notar a evolução do seu aluno de maneira adequada, só não poderá estabelecer com muita precisão qual é a real quantidade de gordura do seu corpo.


    É importante deixar o aluno a vontade na Avaliação Física pois ela é extremamente importante para uma boa comunicação do aluno com  estudio/aula/academia. É nesse momento que o profissional  deve saber a respeito de quaisquer problemas, limitações ou dores crônicas que talvez tenha. Afinal, nada melhor do que o diálogo para deixar o profissional ciente do que o aluno realmente espera do treinamento.

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  • segunda-feira, 6 de maio de 2019

    Exercícios de Treinamento Funcional para Idosos

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  • O treinamento funcional possui características multiplanares com movimentos integrados e baseados no controle/coordenação neuromotora, no equilíbrio na flexibilidade e na estabilização estática e dinâmica. Possuem ainda características de aceleração e desaceleração, rotação e contra-rotação, extensão e contra-extensão, flexão e contra-flexão.

    Sendo assim, para fins de facilitar a compreensão didática, utilizamos o termo funcional para este método de treinamento. No entanto, a musculação, a corrida, o ciclismo, a natação e o pilates também possuem características funcionais pois a prática destas modalidades também podem devolver a funcionalidade por meio do movimento.

    O treinamento funcional para idosos pode ser feito de diversas maneiras, com elásticos, cordas, mudas de roupas, livros, cones, bancos, cadeiras, escadas horizontais, etc…

    O foco aqui é fazer o idosos treinarem de forma mais parecida com as atividades da vida diária por eles realizadas, ou seja, quanto mais próximos os exercícios forem de suas atividades cotidianas, maior será a transferência no desempenho destas habilidades.

    No início, é bastante comum que os exercícios comecem com sequências básicas, sem exigir demais do idoso e respeitando seus limites. Em nenhum momento o aluno será forçado a fazer movimentos que não se sinta seguro em realizar sozinho, ou que não consiga. Esse passo é conquistado pouco a pouco na repetição de movimentos simples e conforme a confiança for surgindo. Mais importante do que conseguir fazer tudo, é se atentar a fazer os movimentos possíveis de maneira correta.

    Não existe uma lista de melhores exercícios, mas podemos listar aqui alguns exercícios bastante eficientes para a maioria dos idosos, irei listá-los por capacidades para uma melhor compreensão, segue abaixo:

    Força muscular:

    Membros Superiores

    Exercícios como puxadas, remadas, supinos e desenvolvimentos com halteres e elásticos podem possibilitar ganhos de força e potência de idosos sendo realizados com contrações rápidas. Vale salientar ainda que exercícios no treinamento funcional possuem características multiplanares e multiarticulares, realizados preferencialmente em cadeia cinética fechada, em alguns momentos, o uso de halteres pode descaracterizar o TF, por isso, sugiro também a utilização de Kettlebells, barras e anilhas, e ainda, medicine balls como melhores opções.

    Tronco

    Exercícios como ponte frontal e suas variações, exercícios que foquem na ativação dos músculos do core, bem como as flexões, extensões e rotações de tronco (cuidado ao realizar rotações, evitar exageros). Dê preferência aos exercícios de estabilização.

    Membros Inferiores

    Exercícios como agachamento, avanços, sentar e levantar da cadeira, , abduções, aduções, extensões e flexões de quadril são muito bem-vindos, os membros inferiores são os que mais sofrem com os declínios fisiológicos do envelhecimento, desenvolver força e potência nesta região pode melhorar e evitar a perda da funcionalidade desta população.

    Equilíbrio

    Exercícios de equilíbrio em bases instáveis ou até mesmo exercícios unipodais como a marcha estacionária, equilibrar-se sob os calcanhares realizando uma dorsi-flexão, ficar na ponta dos pés, além de melhorar o equilíbrio pode aumentar a função do sistema proprioceptor e de quebra devolver a funcionalidade da marcha através do fortalecimento dos músculos tibial anterior e tríceps sural.

    Flexibilidade

    Idosos possuem deficit de amplitude de movimento, devido a perda da flexibilidade, por isso, alongamentos estáticos e dinâmicos devem ser utilizados de preferência após a sessão de treino como estratégia de relaxamento e volta a calma.

    Coordenação Motora

    Exercícios de coordenação feitos na escada horizontal ou com o uso do chapéu chinês pode ajudar na melhora da coordenação motora grossa, bem como habilidade como tricor e costura pode estimular a coordenação motora fina, bastante prejudicada no envelhecimento.

    Circuito Funcional Para Idosos

    O Treinamento em circuito pode ser realizado também utilizando exercícios funcionais e sua função é melhorar a capacidade aeróbia do idoso, bem como sua força e resistência musculares.


    Restrições de Exercícios de Treinamento Funcional para Idosos

    Se tratando de idosos, devemos pensar em primeiro lugar na segurança dos exercícios que serão realizados pelo idoso. Devemos evitar exercícios que possam elevar significativamente a pressão arterial, exercícios que possam por em risco a integridade física e ainda, exercícios com complexidade avançada de movimentos.

    Por isso, é necessário ainda se posicionar próximo ao idoso para evitar possíveis quedas em exercícios que exploram a temática do equilíbrio, isso pode aumentar a confiança do idoso em realizar movimentos unipodais ou de baixo estabilidade, e de quebra, aumentar as chances de sucesso no treinamento.

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