sexta-feira, 27 de junho de 2014

Treinamento funcional com suas variações conquista adeptos

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    O treinamento funcional é praticado em academias e, diferentemente da musculação tradicional, baseia-se em séries de movimentos, em vez de acionar músculos isolados. Não utiliza máquinas nem pesos, e pode-se montar um treino para objetivos específicos: estética, perda de peso, aumento do tônus muscular, entre outros.

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    O treinamento funcional também otimiza as dez capacidades físicas básicas:
    - Resistência cardiovascular e respiratória
    - Resistência muscular
    - Força
    - Potência
    - Velocidade
    - Coordenação
    - Agilidade
    - Equilíbrio
    - Precisão

    O treinamento funcional se destaca por desenvolver a força e a agilidade, e não se resume à melhoria da aparência estética.
    A técnica utiliza equipamentos clássicos, como halteres, e inovadores, como bolas medicinais, discos de equilíbrio, faixas elásticas, cones, slides e faixas suspensas, como o revolucionário TRX ou RIP60, entre outros de uma lista que chega a cem itens.

    As aulas com faixas suspensas – tipo TRX – são as mais requisitadas. As faixas são ajustadas para diferentes posturas e graus de inclinação, e o treino de força é realizado com o próprio peso do corpo. Em uma das extremidades, os pés ou as mãos permanecem fixos, enquanto são trabalhados braços, pernas, costas, tórax, quadris, glúteos e, sobretudo, o abdômen.

    Outra variante é o Crossfit. Bastante intenso e especialmente recomendado para quem gosta de treinos exigentes, queima muitas calorias por sessão. É praticado por forças especiais da polícia e do exército dos Estados Unidos, como SWAT e fuzileiros navais, por lutadores de artes marciais e outros atletas profissionais.

    Vantagens

    Como o treinamento funcional é baseado na realização de movimentos que reproduzem atividades diárias ou práticas esportivas específicos, você aprende a executá-los corretamente, evitando lesões. Pela repetição, você educa seu corpo a levantar caixas pesadas ou carregar corretamente as sacolas do supermercado sem que suas costas ou joelhos sofram, por exemplo.

    Uma segunda vantagem é que os exercícios não ameaçam a integridade física, já que a técnica surgiu no campo da fisioterapia. Por isso, trabalha-se com o peso do próprio corpo e sem carga. Pode servir, então, para melhorar a postura, o movimento das articulações e fortalecer os músculos estabilizadores, importantes para a recuperação após lesões. Também ajuda a aliviar os espasmos musculares.

    Outra vantagem do treinamento funcional é a ausência de rotina. São tantos os equipamentos que o treino acaba se tornando mais lúdico e divertido, evitando o tédio dos treinos típicos de musculação. A música também ajuda a animar os treinos.

    Como em qualquer técnica de treinamento físico, o treinamento funcional melhora o condicionamento, além de ajudar você a relaxar e a descansar melhor. Por isso, tornou-se tão popular e atrai todo tipo de pessoas, até as que tendem a se sentir excluídas do treinamento tradicional, como obesos, crianças, idosos, mulheres grávidas ou pessoas com deficiência.

    Não exige grande disponibilidade de tempo. Para obter resultados concretos, você não precisa praticar todos os dias da semana. Bastam três sessões de 45 minutos para alcançar as metas desejadas em dois meses.


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  • Treinamento funcional vs Treinamento de força tradicional

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    Com a ascensão do Treinamento Funcional, o cenário fitness vive há algum tempo um choque de metodologias e muita gente defende que a prescrição de exercícios funcionais difere em alguns pontos da prescrição tradicional.

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    Os critérios adotados pela comunidade prática para prescrição do Treinamento Funcional e treinamento de força tradicional apresentam algumas diferenças marcantes, conforme tabela abaixo:

    Tabela 1. Diferenças entre treinamento tradicional e treinamento funcional


        Apesar das diferenças destacadas acima, a principal característica do Treinamento Funcional é que o mesmo visa o desenvolvimento do corpo como um todo, ou seja, o corpo humano é tratado como uma unidade. O treinamento tradicional, principalmente, com o objetivo de hipertrofia muscular, segmenta o corpo e o trabalha de forma isolada (por grupamentos musculares).

        No entanto, o que parece contribuir com as diferenças de metodologias são os objetivos almejados, ou seja, os objetivos direcionam para uma forma de prescrição ou para outra. Alguns autores afirmam que os exercícios tradicionais podem ser funcionais e devem ser inseridos em programas de Treinamento Funcional. Assim, o exercício em si parece ser apenas um pequeno componente de um todo e esse todo deve contemplar o corpo de uma forma global.

       É importante que o Treinamento Funcional utilize exercícios tanto simples como complexos, tanto tradicionais como inovadores, e que o programa seja organizado no intuito de desenvolver todas as principais capacidades biomotoras do homem.


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  • segunda-feira, 23 de junho de 2014

    Capacidades biomotoras do treinamento funcional

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       Capacidade biomotora é cada um dos componentes físicos desenvolvidos pelo corpo. De acordo com Bompa (2002), a combinação entre força, velocidade, resistência, coordenação, flexibilidade e equilíbrio é fundamental para o sucesso nas atividades motoras e interligar essas seis ações é o objetivo do TF. Sendo assim, o programa de exercícios deve contemplar essas capacidades a fim de possibilitar um desempenho satisfatório nas atividades motoras dos seres humanos.

        O posicionamento oficial das principais entidades relacionadas ao exercício e saúde (Carvalho, 1997; Garber, 2011) afirma que um programa regular de exercícios físicos deve possuir pelo menos três componentes: aeróbio, sobrecarga muscular e flexibilidade, variando a ênfase em cada um de acordo com a condição clínica e os objetivos de cada indivíduo. Assim sendo, supõe-se que a combinação dessas três modalidades de treinamento é suficiente para promover adaptações positivas sobre as seis principais capacidades biomotoras supramencionadas.

        No entanto, alguns entusiastas do treinamento de força (Teixeira e Guedes Jr., 2009; 2010) afirmam que esse tipo de treinamento, isoladamente ou em conjunto com outra modalidade, pode contribuir para a melhora de todas as capacidades biomotoras e, portanto, poderia ser enfatizado nos programas de TF.

    Resistência

        Resistência é a capacidade de resistir à fadiga diante da utilização de uma ou mais capacidades biomotoras (Platonov, 2005).

        De acordo com Wilmore e Costill (2001), endurance é o termo que descreve dois conceitos separados, mas que estão relacionados à resistência muscular e à resistência cardiorrespiratória. Enquanto a resistência muscular está relacionada a músculos individuais, a resistência cardiorrespiratória é a capacidade de todo o corpo sustentar o exercício prolongado.

        Segundo Campos e Coraucci Neto (2004), a resistência (cardiovascular e muscular) é importante no TF porque diminui ou retarda o aparecimento da fadiga que debilita a propriocepção e aumenta o rendimento aeróbio e anaeróbio, vitais para a manutenção ou melhoria da capacidade funcional. A capacidade de resistir num exercício predominantemente aeróbio garante a competência metabólica para que determinadas tarefas motoras possam ou não ter uma resposta eficiente (Jenkins, 2005).

        Em um estudo realizado por Gettman e Pollock (1981), através do treinamento de força realizado em circuito, indivíduos observaram aumento moderado no VO2 máx. de 4 % nos homens e 8 % nas mulheres, após 8-20 semanas de treinamento.

        Além do aumento moderado na capacidade cardiorrespiratória, o treinamento de força tem se mostrado eficiente em promover aumento no desempenho de corredores de longa distância (Johnston et al., 1997; Jung, 2003).

        Com relação específica à resistência de força, o treinamento resistido se mostra bastante eficaz em melhorar essa capacidade (Guedes Jr. et al., 2008; Teixeira e Guedes Jr., 2009; 2010).

    Equilíbrio

        Coutinho (2011) define equilíbrio como a interação harmoniosa e contextualmente apropriada entre a estabilidade e a mobilidade do corpo, respeitando a sua base de sustentação. O equilíbrio é composto das reações involuntárias dinâmicas de sensações e impulsos para manter uma postura ereta e movimentos funcionais (Gomes, 2010).

        Garber (2011) afirma que o treinamento de força, além de aumentar a massa e força muscular, a densidade mineral óssea, o equilíbrio dinâmico e os níveis totais de atividade física, também diminui os riscos de quedas e fraturas ósseas. Outros estudos também observaram melhora no equilíbrio de pessoas, principalmente idosas, submetidas a programas de treinamento de força (Silva et al., 2008, Nelson et al., 1994).

        Fiatanori et al (1990) observaram melhoras significativas da força em indivíduos com idades entre 86 e 90 anos submetidos a 8 semanas de treinamento de força, sendo verificados aumentos médios de 177% na força do músculo quadríceps. Tal ganho foi acompanhado de um aumento de 50% na velocidade da marcha, sendo que 20% dos praticantes conseguiram abdicar de suas bengalas para se locomoverem, o que indica melhora do equilíbrio, apesar da não realização de teste específico no referido estudo.

    Velocidade

        Segundo Barbanti (1996), velocidade é definida como a máxima rapidez de movimentos que pode ser alcançada. Santos et al. (2010) afirmam que a velocidade no esporte é a capacidade de atingir maior rapidez de reação e de movimento, de acordo com o condicionamento específico, baseada no processo cognitivo, na força máxima de vontade e no bom funcionamento do sistema neuromuscular.

        Bompa (2002) cita que grande parte da capacidade de velocidade é determinada geneticamente, pois quanto maior for a proporção de fibras musculares de contração rápida, maior será a capacidade de contração rápida e explosiva do organismo. Porém, apesar da relação da velocidade com a genética, essa capacidade é treinável.

        A velocidade motora resulta, portanto, da capacidade psíquica, cognitiva, coordenativa e do condicionamento, sujeitas às influências genéticas, do aprendizado, do desenvolvimento sensorial e neuronal, bem como de tendões, músculos e capacidade de mobilização energética (Weineck, 2003).

        Segundo Zatsiorsky e Kraemer (2008), um dos pré-requisitos para a alta velocidade de movimentos é o aumento da força máxima. Os mesmos autores afirmam que enquanto uma flexão do cotovelo com peso depende de 13% da capacidade da força máxima, a velocidade desta flexão depende de 39% da capacidade de força máxima, portanto, se a flexão passar a depender de 51% da força máxima, então, a velocidade desta flexão dependerá de 71% da força máxima. Esta afirmação explica a interdependência entre força máxima e velocidade de movimento, sendo que o aumento da primeira leva ao conseqüente aumento da segunda.

        De fato, estudos prévios observaram aumento na velocidade de movimentos em decorrência de programas de treinamento de força, tanto em atividades cotidianas (Macaluso e De Vito, 2004), como em performance esportiva (Wilson et al., 1996)

        Macaluso e De Vito (2004) conduziram um estudo de revisão da literatura sobre as adaptações decorrentes do treinamento de força em indivíduos idosos. Dentre as adaptações mencionadas, os autores citam várias publicações que observaram aumento na velocidade de marcha (máxima e usual) em idosos submetidos a programas de treinamento de força.

        Wilson et al. (1996) demonstraram aumento significativo na performance no teste de sprint de 40 metros após 8 semanas de treinamento de agachamento. No entanto, o aumento na performance de velocidade (2,3%) foi menor que o aumento da força muscular (21%). Esses resultados não são consenso na literatura.

    Coordenação

        Conforme afirmam Gallahue e Ozmun (2001), a coordenação motora é a capacidade do cérebro de equilibrar os movimentos do corpo, mais especificamente, dos músculos e das articulações. A coordenação motora é uma das capacidades físicas mais requeridas nas atividades cotidianas, principalmente, nas atividades que exigem precisão.

        Porém, no envelhecimento, atividades comuns também apresentam alta exigência de coordenação de movimento, o que pode ser um limitante funcional em pessoas com essa capacidade prejudicada. Em uma pesquisa realizada por Glaner (2003), foram obtidos dados que mostraram que dos acidentes com idosos, 70% são devido a uma diminuição na capacidade de andar, correr, saltar e coordenar movimentos, logo, torna-se necessária a melhora da coordenação para esta faixa etária.

        De acordo com alguns autores do segmento do treinamento de força (Fleck e Figueira Jr.; 1997; Guedes Jr. et al., 2008; Teixeira e Guedes Jr., 2009), essa modalidade de treinamento parece ser bastante eficiente em promover melhora da coordenação motora, principalmente, através das adaptações neuromusculares associadas à coordenação intermuscular e intramuscular, sendo que essas adaptações podem ser observadas após poucas sessões de treinamento.

    Flexibilidade

        Flexibilidade é compreendida como a habilidade para mover uma articulação por meio de uma amplitude de movimento sem estresse para a unidade (Campos e Coraucci Neto, 2004). De acordo com Badaro et al (2007), a flexibilidade é muito importante, pois favorece uma maior mobilidade nas atividades diárias e esportivas, diminui o risco de lesões, favorecendo o aumento da qualidade e quantidade de movimentos e uma melhora da postura corporal.

        Referências indicam que a melhor intervenção para melhora da flexibilidade são os exercícios de alongamento por ser uma forma de trabalho que visa à exploração de graus de amplitude de movimento (ADM) habitualmente não explorados no cotidiano (Badaro et al., 2007).

        No entanto, estudos têm observado ganhos moderados de flexibilidade em decorrência do treinamento de força utilizando exercícios com ADM completa. Cortes et al (2002) e Thrash e Kelly (1987), concluíram, em seus respectivos estudos, que um programa de treinamento com pesos (musculação) para desenvolver força muscular não prejudica a flexibilidade, podendo, ao mesmo, manter os níveis, ou até aumentar a amplitude de determinados movimentos. Weineck (2003) mostra através dos ginastas que possuem uma musculatura bem desenvolvida combinada com uma extraordinária flexibilidade, que o aumento da massa muscular não necessariamente está associado a uma restrição da flexibilidade.

        Em estudo realizado por Beedle et al (1991), que tinha o objetivo de comparar a flexibilidade de ombro e cotovelo de fisiculturistas, jogadores de futebol universitário, levantadores de peso e um grupo controle, ficou evidenciado que levantadores de peso tinham flexibilidade mediana ou acima da média na maioria das articulações e que comparados a outros atletas ficavam inferior apenas aos ginastas.

    Força

        De acordo com Campos e Coraucci Neto (2004), a força é uma capacidade física imprescindível para a manutenção ou aprimoramento da capacidade funcional do corpo humano, sendo a base para resistência muscular, velocidade, equilíbrio, coordenação e flexibilidade.

        Força muscular é o produto de ações musculares e do sistema nervoso (Bossi, 2011) e é compreendida como a capacidade do músculo esquelético produzir tensão, força e torques máximos em uma determinada velocidade (Dantas e Coutinho, 2010).

        Diversas formas de exercício são eficientes em aumentar a força muscular, no entanto, o treinamento de força se mostra a intervenção mais eficaz em qualquer tipo de público (Teixeira e Guedes Jr., 2009; 2010).

        Em estudo realizado por Fontoura et al. (2004), meninos pré-púberes, após 12 semanas de treinamento, aumentaram significativamente a força máxima de extensão de joelho e flexão de cotovelo em 78 e 67%, respectivamente. O grupo controle não modificou estatisticamente os valores de força.

        Azevedo et al ( 2007) conduziram estudo no qual analisaram os efeitos de quatro semanas de treinamento resistido sobre diversas variáveis, dentre as quais, a força muscular máxima através do teste de 1RM. Após programa de treinamento, os autores observaram aumento na força máxima em membros inferiores e superiores, comprovando a eficiência do treinamento de força em promover aumento nessa variável.

    Fonte


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  • sexta-feira, 13 de junho de 2014

    Treinamento Funcional para recuperação de lesões em atletas

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    A recuperação de um atleta lesionado deve passar por todas as etapas com objetivo pré-definidos.
    Quando se pensa num programa de treinamento funcional voltado para a recuperação, é necessário analisar e avaliar todos os segmentos musculares (ou partes corporais) e os desequilíbrios corporais que poderão estar envolvidos na lesão e assim, dentro da especificidade e do período de treinamento em que o trauma aconteceu conseguir montar um programa recuperativo para restabelecer a normalidade da musculatura da articulação envolvida.

    Leia também:

    A avaliação do atleta é feita com os dados dos exames clínicos da parte lesionada, bem como o histórico músculoesquelético e articular. É importante saber se a lesão é crônica ou aguda ou se foi causada por mecanismo traumático ou não-traumático, de modo a identificar os diferentes grupamentos musculares e articulações atingidas.
    Vale ressaltar que, um processo lesivo nunca deve ser analisado somente no local exato da lesão, mas tratado como um segmento corporal global, uma vez que um músculo pode interagir com várias articulações e outros grupamentos musculares.
    Pensando assim e considerando a individualidade biológica de cada atleta, percebe-se que diferentes músculos corporais de um mesmo indivíduo tendem a se recuperar em maior ou menor tempo, conforme o tipo de tratamento. Por esta razão, diferentes lesões exigem tratamentos diferenciados. A vulnerabilidade da articulação à lesão pode estar diretamente ligada à diferença na força entre alguma musculatura intrínseca que a envolve. Por isso é necessário qualificar e classificar a musculatura que engloba uma articulação e assim prescrever exercícios para que o programa de recuperação possa ser efetivo e o erro de uma recuperação inadequada possa ser minimizado.

    No que diz respeito ao tratamento inicial do atleta lesionado, uma maior importância aos músculos estabilizadores primários deve ser dada, devido à sua incidência ao sistema nervoso (proprioceptiva) elevada e por possuírem seus tendões (inserções) mais profundos e mais próximas ao eixo de rotação das articulações.

    Portanto, ao iniciar o treinamento funcional recuperativo é interessante dar maior ênfase aos exercícios de cadeia cinética fechada que visam os músculos estabilizadores primários.
    Lembrando que, diferentemente dos exercícios de cadeia cinética aberta, o tratamento por exercícios citado anteriormente demanda menor esforço por centímetro cúbico de músculo, pois envolvem mais articulações (exercícios multiarticulares) na execução do movimento e, devido também, as partes do corpo que realizam o movimento estarem fixas e com isso exigirem apenas uma considerável resistência. Já os exercícios de cadeia cinética aberta geralmente são monoarticulares (envolvendo uma articulação), no entanto, as partes do corpo não estão fixas e com isso geram maior resistência.
    Quando a lesão acontece, existem alguns músculos que devem ser trabalhados primeiramente e outros inseridos no processo de tratamento mais adiante. Além do mais, vários outros aspectos funcionais de um tratamento que seja de fato eficiente não devem jamais ser desconsiderados.
    Um exemplo disso é a adequação da musculatura lesada ou enfraquecida ao tipo de exercício proposto. O exercicio proposto, obedecendo a mecânica do gesto motor da modalidade do atleta facillitará a volta a prática do desporto.

    https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKkvsmV8KVriyZVhWUfa4Fu92sKTm39gcVbph9KxWdl7mPvUjgsP5drYDEDKTX0928DR0qaseEtGPutLKiiG_h1BuQn40aecji_7RyM3EySfNQrvyFZOWNYCE0z86CTD61lsKt7jriIQbK/s640/treino-funcional1.jpg


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  • sexta-feira, 6 de junho de 2014

    Insanity: treinamento funcional ou não?

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  • http://institutomauroguiselini.com.br/wp-content/uploads/sites/11/2014/03/insanity.png

    O programa Insanity foi desenvolvido pelo treinador norte-americano Shaun Johnson e está chegando ao País como uma das promessas para quem quer estar em forma rapidamente, com o corpo definido e forte até o verão. Dados sobre o treino na internet indicam que ele é capaz de definir o corpo, aumentar a força, a resistência e a capacidade cardiovascular em até 60 dias com treinos de uma hora diária, bastando que o atleta tenha força de vontade e disciplina. Tanta intensidade faz com que o programa divida opiniões.

    Para o fisiologista da Unifesp, qualquer proposta como a do Insanity deve ter comprovação científica antes de formalizar a ideia de emagrecimento rápido e não é destinado a qualquer um. "Profissionais e alunos devem ficar com o pé atrás para que o programa não seja apenas mais um modismo que não vai se concretizar. Além disso, a maioria das pessoas que tenta seguir um treinamento assim, radical, para no meio do caminho por excesso de exercício. Se não estiver em um nível muito avançado de condicionamento, as chances de ter uma lesão no sistema locomotor, como tendinites, torções etc são muito grandes", orienta.

    "Conheço pouco deste programa, mas acredito que ele não possa ser considerado um treinamento funcional. Se você não souber quando, como ou em quem aplicar o movimento funcional, ele será equivocado e não entendo o Insanity como funcional porque ele é genérico. Todo mundo se movimenta ao mesmo tempo, não é algo individualizado", contesta D'Elia, que pede cautela e bom-senso à análise da promessa do corpo perfeito em dois meses. "Tudo que se ganha rápido, se perde rápido. Não tem milagre e acredito que a atividade moderada, rotineira e como estilo de vida, sem radicalismo, é que muda o corpo."

    O princípio de que quanto mais se praticar, melhor, no caso deste programa de condicionamento não tem embasamento, segundo os profissionais, e a promessa de que o treino recupera a silhueta em um tempo tão limitado pode ser perigoso demais para ser testado. O profissional de Educação Física precisa ter o senso crítico do que ele pode ou não aproveitar do programa em suas aulas, sem generalizar. "O treinador pode e deve usar a parte motivacional do Insanity, que é bastante importante, mas deve filtrar muito bem os exercícios usados e o perfil dos seus alunos para evitar riscos e lesões desnecessários", conclui Dr Turíbio


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