O treinamento funcional privilegia o uso de cada articulação do corpo exatamente para a sua devida função do dia a dia. Parece óbvio, mas não é. Um exemplo? O abdômen serve para estabilizar o tronco e não apenas para fazer flexões, como ocorre durante a prática de abdominais.
É por isso que no treinamento funcional o músculo abdominal é trabalhado em isometria (quando a musculatura exerce um trabalho estático, sem movimento ou deslocamento articular), ou seja, estabilizando o tronco frente a um estímulo contrário.
A maioria dos exercícios do treinamento funcional trabalha movimentos compostos, integrando pernas e braços, uma vez que são esses que ajudam a trabalhar também a região do core. Um exemplo é o exercício de agachamento feito com uso de halteres. De quebra, você sai com braços, pernas e abdômen trabalhados.
Alguns exercícios específicos do treinamento funcional trabalham equilíbrio e coordenação motora. Para isso são utilizados exercícios específicos, como um agachamento unilateral (feito com apenas uma das pernas - a outra fica apoiada atrás do joelho) para equilíbrio e deslocamentos laterais e frontais para coordenação. Alguns exercícios do circo são usados para isso, por exemplo: malabarismos são ótimos para coordenação e percepção de espaço com tempo de reação.
O treinamento funcional busca otimizar as principais funções do corpo: agachar, puxar, empurrar, saltar, correr, estabilizar, lançar. Seu objetivo é ampliar a capacidade das valências físicas (força, resistência, flexibilidade, agilidade, potência) com um treino progressivo e bem orientado.
E como os movimentos exigem bastante força, eles também geram hipertrofia nos músculos, sendo uma alternativa consciente à musculação regular. Durante a prática do treinamento, basta orientação de postura e calma na progressão.
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